Mono e biterapias na infeção por vírus da imunodeficiência humana
dados de um hospital distrital
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v16.94Palavras-chave:
VIH, terapêutica antirretrovírica de alta eficáciaResumo
Introdução:
As mono/biterapias têm ganhado relevância no tratamento da infeção por vírus da imunodeficiência humana, seja por efeitos adversos, seja por interações medicamentosas, resistências, simplificação ou prevenção de toxicidade.
Objetivos:
Caracterizar a população infetada por vírus da imunodeficiência humana seguida no nosso centro, sob mono/biterapias.
Métodos:
Estudo retrospetivo descritivo baseado na análise dos processos dos doentes atualmente seguidos.
Resultados:
Dos doentes seguidos, 11,5% (83) encontravam-se sob monoterapia (8) ou biterapia (75). A idade mediana era de 52 [38-80] anos e a maioria (61) eram do sexo masculino. Das comorbilidades encontradas destacam-se doença renal crónica (n=55, 67,3%) e dislipidemia (n=50, 60,2%), seguidas da patologia psiquiátrica e hipertensão arterial (n=25, 30,1% cada). Os esquemas mais utilizados consistiam em inibidores da protéase potenciados com análogos nucleósidos da transcriptase reversa (34) ou inibidores da integrase (18). Todos iniciaram estas terapêuticas em switch, 38 deles sob mono/biterapia(s) previamente. Os motivos principais para a alteração foram simplificação (43,3%) e efeitos adversos (25,3%). Nas alterações por efeitos adversos, houve melhoria/ resolução em aproximadamente dois terços dos casos. Na última avaliação, a mediana de linfócitos T CD4+ era de 625/mm3 e 94,0% apresentavam viremia indetetável.
Conclusões:
Após switch, principalmente por simplificação terapêutica, os doentes mantiveram bom controlo imune e virológico.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2021 Margarida Martins Mouro, A. Martins, C. Soeiro, D. Coutinho, J. Velez, F. Freitas, C. Oliveira (Autor)

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
