Mono e biterapias na infeção por vírus da imunodeficiência humana

dados de um hospital distrital

Autores

  • Margarida Martins Mouro Serviço de Infeciologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro Autor
  • A. Martins Serviço de Infeciologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro Autor
  • C. Soeiro Serviço de Infeciologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro Autor
  • D. Coutinho Serviço de Infeciologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro Autor
  • J. Velez Serviço de Infeciologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro Autor
  • F. Freitas Grupo Coordenador Local – Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro Autor
  • C. Oliveira Serviço de Infeciologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, Aveiro Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v16.94

Palavras-chave:

VIH, terapêutica antirretrovírica de alta eficácia

Resumo

Introdução:
As mono/biterapias têm ganhado relevância no tratamento da infeção por vírus da imunodeficiência humana, seja por efeitos adversos, seja por interações medicamentosas, resistências, simplificação ou prevenção de toxicidade.

Objetivos:
Caracterizar a população infetada por vírus da imunodeficiência humana seguida no nosso centro, sob mono/biterapias.

Métodos:
Estudo retrospetivo descritivo baseado na análise dos processos dos doentes atualmente seguidos.

Resultados:
Dos doentes seguidos, 11,5% (83) encontravam-se sob monoterapia (8) ou biterapia (75). A idade mediana era de 52 [38-80] anos e a maioria (61) eram do sexo masculino. Das comorbilidades encontradas destacam-se doença renal crónica (n=55, 67,3%) e dislipidemia (n=50, 60,2%), seguidas da patologia psiquiátrica e hipertensão arterial (n=25, 30,1% cada). Os esquemas mais utilizados consistiam em inibidores da protéase potenciados com análogos nucleósidos da transcriptase reversa (34) ou inibidores da integrase (18). Todos iniciaram estas terapêuticas em switch, 38 deles sob mono/biterapia(s) previamente. Os motivos principais para a alteração foram simplificação (43,3%) e efeitos adversos (25,3%). Nas alterações por efeitos adversos, houve melhoria/ resolução em aproximadamente dois terços dos casos. Na última avaliação, a mediana de linfócitos T CD4+ era de 625/mm3 e 94,0% apresentavam viremia indetetável.

Conclusões:
Após switch, principalmente por simplificação terapêutica, os doentes mantiveram bom controlo imune e virológico.

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Publicado

2021-05-01

Como Citar

Mouro, M. M., Martins, A., Soeiro, C., Coutinho, D., Velez, J., Freitas, F., & Oliveira, C. (2021). Mono e biterapias na infeção por vírus da imunodeficiência humana: dados de um hospital distrital. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 16(2), 56-65. https://doi.org/10.65332/rpdi.v16.94