Negativo não significa ausente
Lacunas e desafios no diagnóstico de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.82Palavras-chave:
SARS-CoV-2, COVID-19, DiagnósticoResumo
O surto pandémico de infeção por Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2), agente etiológico da Coronavirus disease 2019 (COVID-19), tem imposto desafios sem precedentes na história médica recente. O seu diagnóstico definitivo depende da deteção de SARS-CoV-2 em amostra biológica do trato respiratório. Atendendo à maior sensibilidade diagnóstica das amostras provenientes do trato respiratório inferior, o recurso a uma amostra única do trato superior para fins diagnósticos pode constituir uma estratégia falível. Reporta-se o caso de um doente com história epidemiológica, clínica e exames complementares de diagnóstico fortemente sugestivos de COVID-19 que apresentou duas pesquisas negativas de SARS-CoV-2 em amostras do trato respiratório superior. O seu agravamento clínico e a necessidade de suporte ventilatório invasivo motivaram a colheita de uma amostra do trato respiratório inferior que se revelou positiva. Pretende-se enaltecer que, em cenário clínico suspeito, deverá prevalecer o índice de suspeição clínica como motivador da pesquisa do diagnóstico, principalmente perante uma doença cuja falha de identificação poderá condicionar um cenário de saúde pública devastador.
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Direitos de Autor (c) 2019 Filipe Machado, Diana Dias, Tiago Leonor (Autor)

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