Negativo não significa ausente

Lacunas e desafios no diagnóstico de COVID-19

Autores

  • Filipe Machado Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga Autor
  • Diana Dias Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga Autor
  • Tiago Leonor Serviço de Medicina Intensiva Polivalente, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.82

Palavras-chave:

SARS-CoV-2, COVID-19, Diagnóstico

Resumo

O surto pandémico de infeção por Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2), agente etiológico da Coronavirus disease 2019 (COVID-19), tem imposto desafios sem precedentes na história médica recente. O seu diagnóstico definitivo depende da deteção de SARS-CoV-2 em amostra biológica do trato respiratório. Atendendo à maior sensibilidade diagnóstica das amostras provenientes do trato respiratório inferior, o recurso a uma amostra única do trato superior para fins diagnósticos pode constituir uma estratégia falível. Reporta-se o caso de um doente com história epidemiológica, clínica e exames complementares de diagnóstico fortemente sugestivos de COVID-19 que apresentou duas pesquisas negativas de SARS-CoV-2 em amostras do trato respiratório superior. O seu agravamento clínico e a necessidade de suporte ventilatório invasivo motivaram a colheita de uma amostra do trato respiratório inferior que se revelou positiva. Pretende-se enaltecer que, em cenário clínico suspeito, deverá prevalecer o índice de suspeição clínica como motivador da pesquisa do diagnóstico, principalmente perante uma doença cuja falha de identificação poderá condicionar um cenário de saúde pública devastador.

Downloads

Publicado

2019-09-01

Edição

Secção

Relatos de Casos Clínicos

Como Citar

Machado, F., Dias, D., & Leonor, T. (2019). Negativo não significa ausente: Lacunas e desafios no diagnóstico de COVID-19. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 15(3), 106-110. https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.82