Pericardite aguda purulenta primária por Streptococcus pneumoniae

Autores

  • Maria Ana Canelas Interno de Formação Específica de Medicina Interna do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho Autor
  • I. R. Rato Interno de Formação Específica de Medicina Interna do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho Autor
  • P. Oliveira Interno de Formação Específica de Medicina Interna do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho Autor
  • G. Atanásio Interno de Formação Específica de Medicina Interna do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho Autor
  • P. Teixeira Interno de Formação Específica de Cardiologia do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho Autor
  • A. R. Barbosa Interno de Formação Específica de Cardiologia do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho Autor
  • A. Mosalina Interno de Formação Específica de Cardiologia do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho Autor
  • L. Afonso Assistente Hospitalar de Medicina Interna do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho Autor
  • P. Gil Assistente Hospitalar de Medicina Interna do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho Autor
  • Margarida Mota Assistente Hospitalar Graduado de Medicina Interna do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho Autor
  • J. Valente Assistente Hospitalar Graduado de Medicina Interna do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.78

Palavras-chave:

Pericardite, Pneumococos, Tamponamento cardíaco

Resumo

A pericardite purulenta é uma entidade rara. Os cocos gram positivos, especificamente o Streptococcus pneumoniae, eram a causa mais comum em doentes com outro foco de infeção primário. Desde o aparecimento dos antibióticos, a sua incidência caiu drasticamente. Apresentamos o caso clínico de um homem de 40 anos, com coinfecções por vírus da imunodeficiência humana e da hepatite C. Recorre à urgência por dor torácica e síndrome constitucional com duas semanas de evolução, apresentando-se hipotenso, taquicárdico e com turgescência venosa jugular a 45º. O ecocardiograma transtorácico revelou derrame pericárdico com critérios de tamponamento. Foi submetido a pericardiocentese diagnóstica e descompressiva, com saída de líquido purulento. Iniciou-se antibioterapia de largo espectro, que ao 4.º dia foi descalada para ceftriaxone, por isolamento de Streptococcus pneumoniae no líquido. O restante estudo excluiu outro foco infecioso contíguo. Teve alta após 16 dias para a Clínica do Antibiótico. Com este artigo pretende-se alertar não só para esta entidade, mas para uma abordagem sistemática ao derrame pericárdico no doente com febre, especialmente no imunocomprometido.

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Publicado

2019-05-01

Edição

Secção

Relatos de Casos Clínicos

Como Citar

Canelas, M. A., Rato, I. R., Oliveira, P., Atanásio, G., Teixeira, P., Barbosa, A. R., Mosalina, A., Afonso, L., Gil, P., Mota, M., & Valente, J. (2019). Pericardite aguda purulenta primária por Streptococcus pneumoniae. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 15(2), 71-77. https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.78