Febre, granulomas e um diagnóstico diferencial fatal
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.75Palavras-chave:
Síndrome febril indeterminada, Tuberculose, Granulomatose eosinofílica com poliangeíteResumo
O diagnóstico diferencial entre patologias com assinatura granulomatosa nem sempre é linear. Apresentamos o caso de um homem de 78 anos com vasculite de Churg-Strauss, sob corticoterapia, que desenvolve uma síndrome febril com três semanas de evolução, sem sintomatologia focalizadora. Após investigação etiológica é detetado, em tomografia computorizada, presença de padrão miliar pulmonar de novo e prostatite abcedada, cuja anatomia patológica revelou prostatite granulomatosa com atividade de vasculite eosinofílica. Foi extensamente investigado com colheita de lavado broncoalveolar, secreções brônquicas, biópsias, análise de sangue e urina sempre com exame direto, pesquisa de ADN e exames culturais negativos para micobactérias nas múltiplas amostras orgânicas. Após consenso multidisciplinar, estes achados foram enquadrados em possível agudização de vasculite eosinofílica, tendo o doente permanecido assintomático sob incremento de corticoterapia até que, três meses depois, se apresenta com febre, alteração do estado de consciência e sinais meníngeos, culminando num desfecho desfavorável.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2019 Sílvia Balhana, A. Soares, S. Fernandes, R. Tavares, C. Noronha, F. Araújo, P. Rodrigues, J. Araújo (Autor)

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
