Importância da colonização nasal por Staphylococcus aureus meticilino-resistente numa enfermaria de Medicina

Autores

  • João Silva Medicina Interna no Centro Hospitalar Cova da Beira Autor
  • I. Bernardo USF Ribeiro Sanches – ACES Amadora Autor
  • C. Jorge Medicina Interna no Centro Hospitalar Cova da Beira Autor
  • J. Sá Medicina Interna no Centro Hospitalar Cova da Beira Autor
  • F. Carrega Medicina Interna no Centro Hospitalar Cova da Beira Autor
  • E. Carvalho Medicina Interna no Centro Hospitalar Cova da Beira Autor
  • M. Evangelista Medicina Interna no Centro Hospitalar Cova da Beira Autor
  • M. Ascensão Medicina Interna no Centro Hospitalar Cova da Beira Autor
  • L. Vicente Medicina Interna e Unidade de Infeciologia do Centro Hospitalar Cova da Beira Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.70

Palavras-chave:

Staphylococcus aureus meticilino-resistente, Colonização nasal, Portugal

Resumo

Introdução:
A colonização por Staphylococcus aureus meticilino-resistente (MRSA) está frequentemente associada a infeção, a qual é responsável pelo aumento da morbilidade e mortalidade. Os autores pretenderam avaliar a prevalência da colonização, fatores de risco, o seu impacto na demora de internamento e na mortalidade e ainda a correlação com infeção por MRSA.

Métodos:
Estudo retrospetivo, com revisão dos processos dos doentes internados numa enfermaria de Medicina entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2017. Documentaram-se os fatores de risco para colonização e indicações para pesquisa segundo a Norma DGS 018/2014. Pesquisou-se MRSA por PCR de secreções nasais colhidas por médicos ou enfermeiros no primeiro dia de internamento. Definiu-se infeção por MRSA quando documentada clínica sugestiva e isolado MRSA em cultura. Usou-se IBM-SPSS®v25 para análise estatística.

Resultados:
Analisaram-se 613 episódios de internamento, nos quais se identificaram fatores de risco para colonização em 333 (54,3%). Realizou-se zaragatoa em 194, sendo 38,1% positivas. Verificou-se que os doentes colonizados tinham mais infeção por MRSA (OR:7,9; IC:1,7-37,4; p=0,008), sem maior demora de internamento (p=0,365) nem mortalidade (p=0,845).

Conclusão:
O controlo de fatores de risco para colonização nasal é importante na prevenção de infeção por MRSA, mas não influencia a demora de internamento nem a mortalidade.

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Publicado

2019-01-01

Como Citar

Silva, J., Bernardo, I., Jorge, C., Sá, J., Carrega, F., Carvalho, E., Evangelista, M., Ascensão, M., & Vicente, L. (2019). Importância da colonização nasal por Staphylococcus aureus meticilino-resistente numa enfermaria de Medicina. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 15(1), 12-19. https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.70