Importância da colonização nasal por Staphylococcus aureus meticilino-resistente numa enfermaria de Medicina
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v15.70Palavras-chave:
Staphylococcus aureus meticilino-resistente, Colonização nasal, PortugalResumo
Introdução:
A colonização por Staphylococcus aureus meticilino-resistente (MRSA) está frequentemente associada a infeção, a qual é responsável pelo aumento da morbilidade e mortalidade. Os autores pretenderam avaliar a prevalência da colonização, fatores de risco, o seu impacto na demora de internamento e na mortalidade e ainda a correlação com infeção por MRSA.
Métodos:
Estudo retrospetivo, com revisão dos processos dos doentes internados numa enfermaria de Medicina entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2017. Documentaram-se os fatores de risco para colonização e indicações para pesquisa segundo a Norma DGS 018/2014. Pesquisou-se MRSA por PCR de secreções nasais colhidas por médicos ou enfermeiros no primeiro dia de internamento. Definiu-se infeção por MRSA quando documentada clínica sugestiva e isolado MRSA em cultura. Usou-se IBM-SPSS®v25 para análise estatística.
Resultados:
Analisaram-se 613 episódios de internamento, nos quais se identificaram fatores de risco para colonização em 333 (54,3%). Realizou-se zaragatoa em 194, sendo 38,1% positivas. Verificou-se que os doentes colonizados tinham mais infeção por MRSA (OR:7,9; IC:1,7-37,4; p=0,008), sem maior demora de internamento (p=0,365) nem mortalidade (p=0,845).
Conclusão:
O controlo de fatores de risco para colonização nasal é importante na prevenção de infeção por MRSA, mas não influencia a demora de internamento nem a mortalidade.
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Direitos de Autor (c) 2019 João Silva, I. Bernardo, C. Jorge, J. Sá, F. Carrega, E. Carvalho, M. Evangelista, M. Ascensão, L. Vicente (Autor)

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