Vacina BCG em Portugal
dois casos de BCGite resistente à Isoniazida e Pirazinamida
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v11.6Palavras-chave:
Vacina BCG, BCGite, resistência de baixo nível à IsoniazidaResumo
Em Portugal a vacina BCG faz parte do Programa Nacional de Vacinação para todos os recém-nascidos, salvo contraindicações específicas. A vacina BCG é constituída por uma estirpe viva e atenuada de Mycobacterium bovis, Bacilo Calmette-Guérin, com resistência intrínseca à Pirazinamida. Em Portugal apenas está autorizada pelo Infarmed a vacina BCG-SSI (estirpe Dinamarquesa 1331), com uma CIM para a Isoniazida de 0.4mg/l, considerada de Suscetibilidade Intermédia pelo laboratório fabricante da vacina (Statens Serum Institute). As complicações da vacinação com a BCG são raras e sem gravidade na maior parte dos casos. No entanto, em situações graves de alterações da imunidade congénita ou adquirida, aumenta não só o risco de complicações locais como o de complicações extrarregionais ou mesmo disseminação da vacina (BCGite disseminada), rara e associada a alta taxa de mortalidade. Na abordagem clínica destes casos é recomendada a utilização de terapia múltipla com antibacilares. Apresentamos dois casos de BCGite em crianças (Linfadenite e BCGite disseminada), com isolamento no Laboratório de Microbiologia do CHLC de estirpes BCG resistentes à Isoniazida (baixo nível) e Pirazinamida, Os autores alertam para a utilização em Portugal de uma vacina BCG que apresenta resistência de baixo nível à Isoniazida, característica que na sua opinião não deve ser menosprezada quando necessário instituir terapêutica empírica antibacilar.
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