Infeção VIH
diagnóstico na população acima dos 50 anos
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v14.58Palavras-chave:
VIH, envelhecimento, comorbilidadesResumo
Introdução:
A população com vírus de imunodeficiência humana (VIH) está a envelhecer em todo o mundo e é crescente o número de novas infeções em doentes com idade superior a 50 anos. Apesar do impacto positivo da terapêutica antirretroviral sobre morbilidade global e doenças relacionadas, estas são mais prevalentes nesta faixa etária. As condições crónicas associadas ao envelhecimento também aumentam em todos os pacientes com VIH.
Objetivo:
Descrição de características clínicas e imunológicas, bem como comorbilidades numa amostra de doentes estratificada de acordo com a idade à data do diagnóstico.
Métodos:
Caracterização de doentes VIH acompanhados na consulta externa de um hospital terciário em Lisboa durante 2014, através da revisão dos processos clínicos e avaliação retrospetiva dos parâmetros demográficos, epidemiológicos, clínico-laboratoriais e regimes terapêuticos.
Resultados:
Dos 730 doentes, 105 foram diagnosticados com idade superior ou igual a 50 anos. A maioria foi do género masculino (66,7%), caucasiana (77,1%) e heterossexual (86,7%), tendo sido diagnosticada num estádio avançado da infeção (52,4%). À data de recolha de dados, considerando este grupo de doentes, 100 indivíduos encontravam-se sob tratamento antirretroviral e com supressão viral (90,5%). A prevalência de comorbilidades aumentou com a idade do diagnóstico (p<0.001).
Conclusões:
Doentes diagnosticados mais tardiamente apresentaram uma maior prevalência de comorbilidades e polimedicação, estando expostos a um risco mais elevado de interações medicamentosas. Uma abordagem clínica abrangente e rigorosa configura-se primordial para a redução da morbilidade e mortalidade nesta população.
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