Tosse convulsa – pesquisa e identificação de DNA de Bordetella – estudo retrospetivo

Autores

  • A. Carmo Serviço de Patologia Clínica - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal Autor
  • A. Maresch Serviço de Patologia Clínica - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal Autor
  • L. Correia Laboratório de Biologia Molecular, Polo HP - Serviço de Patologia Clínica - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal Autor
  • G. Marques Serviço de Patologia Clínica - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal Autor
  • L. Araújo Serviço de Patologia Clínica - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal Autor
  • Henriqueta Pereira Laboratório de Biologia Molecular, Polo HP - Serviço de Patologia Clínica - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal Autor
  • F. Rodrigues Serviço de Patologia Clínica - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v14.55

Palavras-chave:

tosse convulsa, Bordetella pertussis, pequenos lactentes

Resumo

Introdução:
A tosse convulsa é uma toxi-infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis (B. pertussis) que continua ainda hoje a ser um problema de saúde pública relevante.

Objetivos: Determinar retrospetivamente o número de casos positivos para B. pertussis identificados no laboratório de Biologia Molecular, Polo HP – Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), entre setembro de 2011 e março de 2017.

Métodos:
Efetuámos uma pesquisa parametrizada anonimizada, por recurso ao middleware disponibilizado pelo Serviço de Patologia Clínica do CHUC, que teve por base o pedido de pesquisa de B. pertussis, tendo sido também solicitados os seguintes dados: idade, sexo e informação clínica. Em todos os pedidos a identificação da B. pertussis foi efetuada por PCR em tempo real (RT-PCR) e por nested multiplex PCR.

Resultados: Encontrámos 153 amostras positivas para B. pertussis (8% dos pedidos de pesquisa e identificação). Destes casos, 31,4% foram detetados em lactentes com idade ≤ 3M. Em 20 doentes (13,1%) com pesquisa e identificação positiva da B. pertussis foi solicitado hemograma. Nove dos 20 doentes apresentavam linfocitose, sendo que 8 tinham idade ≤ 2M. Todos os doentes com linfocitose necessitaram de internamento por dificuldade respiratória.

Conclusões: O número de pedidos de pesquisa de B. pertussis por suspeita de tosse convulsa tem aumentado desde que o teste foi disponibilizado no nosso Serviço, no último trimestre de 2011. O número de casos positivos para B. pertussis tem sofrido flutuações, com picos em 2012/13 e em 2016. Os casos positivos ocorreram principalmente em pequenos lactentes. A análise dos resultados reforça a necessidade de se manter um sistema ativo de vigilância epidemiológica e de se considerar a tosse convulsa como diagnóstico diferencial na infeção respiratória dos pequenos lactentes.

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Publicado

2018-01-01

Como Citar

Carmo, A., Maresch, A., Correia, L., Marques, G., Araújo, L., Pereira, H., & Rodrigues, F. (2018). Tosse convulsa – pesquisa e identificação de DNA de Bordetella – estudo retrospetivo. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 14(1), 28-34. https://doi.org/10.65332/rpdi.v14.55