A imigração e a infeção por VIH
experiência num hospital central de Lisboa
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v14.53Palavras-chave:
Vírus da Imunodeficiência Humana, Imigrantes, EpidemiologiaResumo
Introdução:
A população migrante é especialmente vulnerável à infeção por VIH. A proporção de novos casos em imigrantes em Portugal foi de 24% em 2015, com proveniência maioritária da África Subsariana e América Latina.
Objetivos:
Caracterizar e comparar a população portuguesa e imigrante com infeção por VIH.
Métodos:
Estudo retrospetivo e comparativo da população portuguesa e populações imigrantes mais representativas com infeção por VIH, admitidas entre 2007 e 2016 em consulta de um hospital central de Lisboa, com seguimento ativo em 2016.
Resultados:
Foram incluídos 225 portugueses, 53 sul-americanos e 95 subsarianos. A caracterização das populações revelou: nos portugueses e sul-americanos predomínio do sexo masculino (81% e 89%) e transmissão homossexual (62% e 83%); na população africana, idade de diagnóstico mais elevada (37 anos), predomínio de heterossexuais (86%) e importante percentagem de grávidas (20%). Ao diagnóstico os africanos apresentaram CD4 inferiores (282cél/uL) e maior frequência de diagnóstico tardio (63%). Não foram encontradas diferenças quanto à carga viral final, mas os africanos apresentaram menor contagem final de CD4 (531cél/uL). Mais de metade dos portugueses e sulamericanos apresentaram doenças sexualmente transmissíveis.
Conclusão:
Os imigrantes representam um grupo heterogéneo, sendo fundamental a implementação de programas de intervenção dirigidos às necessidades específicas de cada comunidade.
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