Imunidade para o vírus da hepatite A
vigilância de onze anos (2002-2012) numa consulta de medicina das viagens da região centro de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v14.52Palavras-chave:
Hepatite A, Imunoglobulina G, Medicina das ViagensResumo
Introdução:
Em diversos países é crescente a proporção de indivíduos suscetíveis à infeção pelo vírus da hepatite A. O conhecimento da seroprevalência VHA numa população é muito importante para a definição de estratégias de controlo da infeção.
Objetivos:
Determinar a prevalência de anticorpos imunoglobulina G (IgG) anti-VHA na população que frequentou a Consulta de Sanidade Internacional da região Centro de Portugal.
Métodos:
Estudo observacional do tipo transversal. Foram analisados 2001 registos clínicos de indivíduos com idade igual ou superior a 30 anos num horizonte temporal de cerca de 11 anos, desde 2002.
Resultados:
Os resultados demonstraram uma prevalência geral de anticorpos IgG anti-VHA de 73,8%, que foi semelhante em ambos os sexos. Por grupo etário, registaram-se prevalências de: 50,8% dos 30-40 anos; 80,8% dos 41-50 anos; 94,8% dos 51-60 anos e 97,1% acima dos 60 anos. Verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na seroprevalência de anticorpos IgG anti-VHA em função da idade, grupo etário, década e local de nascimento (rural ou urbano).
Conclusão:
Os resultados deste estudo sugerem que há uma população significativa de adultos jovens suscetível à infeção por VHA. Face à diminuição da seroprevalência da hepatite A em Portugal, considera-se prudente vacinar os viajantes com idade até aos 40 anos que se deslocam a países de endemicidade intermédia ou elevada da doença.
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