Acidentes de Trabalho com Risco Biológico em Profissionais de Saúde e o seu Impacto Económico num Hospital Central de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v13.47Palavras-chave:
Acidentes de Trabalho, Risco Biológico, Profissionais de Saúde, Custo EconómicoResumo
Introdução:
Os acidentes de trabalho com exposição a agente biológico representam não só um elevado risco de transmissão de infeções transmissíveis para os profissionais de saúde (PS), como também um elevado impacto socioeconómico para as instituições e para a sociedade.
Métodos:
Estudo retrospetivo dos acidentes de trabalho com exposição a agentes biológicos, reportados ao Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra em 2016.
Resultados:
Foram reportados 171 acidentes de trabalho (2,23/100/ano), mais prevalentes em enfermeiros (48,54%), género feminino (78,9%) e serviços cirúrgicos. A “exposição a objetos cortantes” (91,23%) foi a principal causa e as mãos a região corporal mais afetada (89,47%). O estado serológico da fonte era desconhecido em 27,49% dos casos. Dez profissionais de saúde realizaram profilaxia pós-exposição (PEP). O custo total, devido aos custos com o serviço de urgência (10310,44 euros), consultas (7409,00 euros) testes laboratoriais (1462,63 euros), e PEP (7378,00), foi de 26560,07 euros, com média de 155,32 euros por episódio.
Conclusão:
Verificou-se uma baixa incidência de acidentes com exposição ocupacional a agente biológico, gerando, contudo, custos elevados. A observação inicial no Serviço de Saúde Ocupacional diminuiu os custos. Também a investigação epidemiológica, em casos de fonte desconhecida, permitiu que menos PS instituíssem PEP, com grande impacto nos custos totais.
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Direitos de Autor (c) 2017 Vítor César Arantes Pinheiro, C. Pestana, P. Ferraz, A. Afonso, C. Belo, I. Antunes (Autor)

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