Nocardiose

estudo retrospetivo de 10 doentes num Serviço de Doenças Infecciosas

Autores

  • Mariana Guedes Serviço de Doenças Infecciosas, Hospital São João, Porto, Portugal Autor
  • P. Figueiredo Serviço de Doenças Infecciosas, Hospital São João, Porto, Portugal Autor
  • A. Sarmento Serviço de Doenças Infecciosas, Hospital São João, Porto, Portugal Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v13.46

Palavras-chave:

Nocardia, imunossupressão, corticoterapia

Resumo

Introdução:
A Nocardiose é uma infeção oportunista, cuja incidência parece estar a aumentar. Este trabalho tem como objetivo a caracterização desta patologia num serviço de Doenças Infecciosas. 

Material e Métodos:
Análise descritiva retrospetiva dos casos de Nocardiose internados no Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital São João entre 2010 e 2014. Analisámos as variáveis idade, género, estado imunológico, manifestações clínicas, método de diagnóstico e esquema de antimicrobianos utilizado.

Resultados: Incluímos 10 doentes, dos quais 8 eram imunodeprimidos. A corticoterapia foi o fator de risco mais frequente (n=4). Cinco doentes apresentavam doença disseminada. Os órgãos mais frequentemente envolvidos foram pulmão (n=8), sistema nervoso central (SNC) (n=5) e pele (n=3). Em 8 casos foi possível o isolamento da bactéria em exame cultural. Na maioria dos doentes (n=9) o tratamento baseou-se na associação trimetoprim/sulfametoxazol (TMP/SMX), sendo em 8 casos associado pelo menos um segundo fármaco.

Discussão: À semelhança de outros trabalhos, a incidência de Nocardiose foi superior em indivíduos imunodeprimidos sendo a corticoterapia o principal fator de risco. Nesta amostra verificámos maior incidência de doença disseminada, com atingimento sobretudo pulmonar, SNC e cutâneo. O diagnóstico foi confirmado por exame cultural na maioria dos casos. O tratamento teve por base TMP/SMX.

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Publicado

2017-09-01

Como Citar

Guedes, M., Figueiredo, P., & Sarmento, A. (2017). Nocardiose: estudo retrospetivo de 10 doentes num Serviço de Doenças Infecciosas. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 13(3), 113-118. https://doi.org/10.65332/rpdi.v13.46