Um caso clínico de ergotismo agudo em doente sob terapêutica com inibidor da protease
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v12.30Palavras-chave:
ergotismo, inibidores da protease, VIHResumo
As interações medicamentosas podem ter expressão clínica diversa e resultarem em consequências graves e irreversíveis para os doentes. O ergotismo, atualmente raro, pode estar associado à interação da ergotamina com fármacos que inibem o seu metabolismo hepático, como, por exemplo, os inibidores da protease usados em esquemas de terapêutica antirretrovírica. Os autores descrevem um caso clínico de ergotismo agudo, após a ingestão de Migretil® (1 mg de tartarato de ergotamina, 500 mg de paracetamol, 100 mg de cafeína e 0,1mg de beladona), numa doente com infeção por vírus da imunodeficiência humana (VIH) sob terapêutica com lopinavir e ritonavir. Estes dois inibidores da protease aumentam a concentração sérica da ergotamina, pelo que se alerta para a anamnese exaustiva e para a suspeição deste diagnóstico, quando um doente polimedicado se apresenta com quadro de isquémia periférica (por vasospasmo e/ou trombose).
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Direitos de Autor (c) 2016 L. Alves, R. Soares Ferreira, T. Martins, F. Maltez (Autor)

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