Tuberculose extrapulmonar em pediatria
um desafio diagnóstico
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v12.28Palavras-chave:
Mycobacterium, extrapulmonar, fatores de riscoResumo
Introdução:
Em países desenvolvidos, as infeções por micobactérias são raras, mas permanecem um problema nas populações de risco. A tuberculose extrapulmonar é a forma mais frequente da infeção na criança, simulando muitas vezes outras doenças e constituindo, nalguns casos, um verdadeiro desafio diagnóstico.
Casos clínicos:
Apresentam-se sete casos de tuberculose extrapulmonar, em crianças entre 2 e 14 anos, em que o diagnóstico original evocava outra etiologia. Dois doentes eram naturais da Guiné-Bissau e três não estavam vacinadas com BCG. Os diagnósticos iniciais foram de osteomielite crónica (n=3), doença linfoproliferativa (n=1), neoplasia da parótida (n=1), úlcera facial crónica (n=1) e encefalite (n=1). Foi a evolução desfavorável que motivou a investigação de outras etiologias. O diagnóstico final foi tuberculose óssea (n=3), linfadenite tuberculosa (n=2), tuberculose cutânea (n=1) e meningite tuberculosa (n=1). Em cinco doentes a prova de tuberculina foi positiva e em quatro identificou-se o caso índice do contágio. O agente implicado foi, na maioria dos casos, Mycobacterium tuberculosis (n=6) e ocorreu um caso por Mycobacterium africanum.
Conclusão:
Mesmo em países com baixa incidência de tuberculose, em doentes com fatores de risco e perante uma evolução clínica desfavorável esta infeção deve ser obrigatoriamente investigada.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2016 Tiago Milheiro Silva, Telma Francisco, Luís Varandas, Maria João Brito (Autor)

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
