Atualização da abordagem da hepatotoxicidade dos antibacilares

Autores

  • D. Póvoas Serviço de Doenças Infecciosas Hospital de Curry Cabral Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE Autor
  • J. Machado Serviço de Doenças Infecciosas Hospital de Curry Cabral Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE Autor
  • F. Maltez Serviço de Doenças Infecciosas. Hospital de Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v12.18

Palavras-chave:

hepatotoxicidade, tuberculose;, antibacilares

Resumo

Introdução:
Durante o tratamento da tuberculose (TB) a hepatotoxicidade ocorre em 5-33% dos casos, com gravidade variável, mas frequentemente obrigando à suspensão da terapêutica antibacilar. É fundamental conhecer as regras da abordagem da hepatotoxicidade de modo a evitar a sua ação deletéria e assegurar o tratamento adequado da TB.

Objetivos:
Neste trabalho os autores fazem uma revisão da abordagem da hepatotoxicidade dos antibacilares.

Material e métodos:
Foi feita revisão da bibliografia e comparação entre as recomendações portuguesas e algumas das recomendações internacionais.

Resultados:
A hepatotoxicidade tem sido associada à isoniazida, rifampicina e pirazinamida, sendo este último considerado o fármaco mais hepatotóxico. Na prática clínica, os critérios que determinam a suspensão dos antibacilares assentam na presença de elevação da alanina aminotransferase cinco vezes superior ao limite superior do normal (LSN) no doente assintomático, ou três vezes o LSN na presença de icterícia ou sintomas de hepatite.

Conclusões:
Apesar da relativamente baixa incidência, a hepatotoxicidade por antibacilares de primeira linha pode ser fatal, sendo fundamental a sua antecipação a partir da identificação de fatores de risco conhecidos. Quando ocorre, deve atender-se aos critérios estabelecidos para a sua suspensão e promover a sua reintrodução sequencial após a normalização das transaminases.

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Publicado

2016-01-01

Como Citar

Póvoas, D., Machado, J., & Maltez, F. (2016). Atualização da abordagem da hepatotoxicidade dos antibacilares. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 12(1), 31-38. https://doi.org/10.65332/rpdi.v12.18