Infeção por vírus Zika
Uma nova doença de importação
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v12.15Palavras-chave:
Vírus Zika, Arbovírus, Doença de importação, Exantema febrilResumo
Introdução:
O vírus Zika pertence ao género dos flavivirus e até recentemente desempenhou um papel discreto entre os arbovírus. Aliás, até 2007, encontrava-se restringido a áreas específicas da África e Ásia. Contudo, desde então e, sobretudo desde 2015, a sua dispersão geográfica tem sido mais expressiva, com a conquista de territórios nas Américas, atingindo um largo número de pessoas e demonstrando capacidade para provocar doença grave e, alegadamente, malformações fetais. Os autores descrevem dois casos de doença por vírus Zika importada do Brasil. O facto deste vírus se encontrar estabelecido em diversas regiões do globo, e sobretudo a sua implantação no Brasil e em Cabo Verde, fazem com que seja necessário estar alerta para esta patologia. Além disso, uma vez que na Ilha da Madeira se encontra estabelecido um dos vetores da doença, há também que vigiar a possibilidade da introdução deste vírus em território nacional, à semelhança do que aconteceu com o vírus Dengue, outra arbovirose, no passado recente. De reforçar ainda a importância que as medidas de proteção individual contra a picada de mosquitos para os viajantes, nomeadamente das grávidas, adquirem neste contexto, já que constituem a única forma de prevenção aplicável para esta patologia. É de referir que os mosquitos vetores de Zika, Dengue e Chikungunya estão ativos durante todo o dia devendo as medidas de proteção ser tomadas sempre e não apenas nos períodos de crepúsculo.
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Direitos de Autor (c) 2016 Margarida Beato Prata, Nuno Marques, Líbia Zé-Zé, Maria João Alves, Conceição Ventura, Saraiva da Cunha (Autor)

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