Infeção por vírus Zika

Uma nova doença de importação

Autores

  • Margarida Beato Prata Serviço de Doenças Infecciosas, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. Autor
  • Nuno Marques Serviço de Doenças Infecciosas, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. Autor
  • Líbia Zé-Zé Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infecciosas, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Águas de Moura, Portugal Autor
  • Maria João Alves Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infecciosas, Instituto Nacional de Saúde Autor
  • Conceição Ventura Serviço de Doenças Infecciosas, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. Autor
  • Saraiva da Cunha Serviço de Doenças Infecciosas, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v12.15

Palavras-chave:

Vírus Zika, Arbovírus, Doença de importação, Exantema febril

Resumo

Introdução:
O vírus Zika pertence ao género dos flavivirus e até recentemente desempenhou um papel discreto entre os arbovírus. Aliás, até 2007, encontrava-se restringido a áreas específicas da África e Ásia. Contudo, desde então e, sobretudo desde 2015, a sua dispersão geográfica tem sido mais expressiva, com a conquista de territórios nas Américas, atingindo um largo número de pessoas e demonstrando capacidade para provocar doença grave e, alegadamente, malformações fetais. Os autores descrevem dois casos de doença por vírus Zika importada do Brasil. O facto deste vírus se encontrar estabelecido em diversas regiões do globo, e sobretudo a sua implantação no Brasil e em Cabo Verde, fazem com que seja necessário estar alerta para esta patologia. Além disso, uma vez que na Ilha da Madeira se encontra estabelecido um dos vetores da doença, há também que vigiar a possibilidade da introdução deste vírus em território nacional, à semelhança do que aconteceu com o vírus Dengue, outra arbovirose, no passado recente. De reforçar ainda a importância que as medidas de proteção individual contra a picada de mosquitos para os viajantes, nomeadamente das grávidas, adquirem neste contexto, já que constituem a única forma de prevenção aplicável para esta patologia. É de referir que os mosquitos vetores de Zika, Dengue e Chikungunya estão ativos durante todo o dia devendo as medidas de proteção ser tomadas sempre e não apenas nos períodos de crepúsculo.

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Publicado

2016-01-01

Como Citar

Prata, M. B., Marques, N., Zé-Zé, L., Alves, M. J., Ventura, C., & Cunha, S. da. (2016). Infeção por vírus Zika: Uma nova doença de importação. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 12(1), 8-14. https://doi.org/10.65332/rpdi.v12.15