O desafio diagnóstico e terapêutico da cystoisosporíase em doente com infeção por vírus da imunodeficiência humana

caso clínico

Autores

  • Ana Catarina Rodrigues Gonçalves Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Central Autor
  • G. Cristóvão Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Central Autor
  • V. Almeida Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Central Autor
  • C. Cruz Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Central Autor
  • M. Leal Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Central Autor
  • A Fernandes Serviço de Medicina Interna do Hospital Beatriz Ângelo Autor
  • J. Santos Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar Lisboa Central Autor
  • D. Seixas Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Central Autor
  • F. Ramirez Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Central Autor
  • F. Maltez Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar Lisboa Central Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v18.117

Palavras-chave:

Diarreia crónica, VIH, Cystoisospora belli

Resumo

Cystoisospora belli é um protozoário com potencial para causar doença. Caso clínico de mulher de 18 anos, natural da Guiné-Bissau, com infeção por VIH-1 com linfócitos TCD4+ >200 células/uL, admitida por diarreia crónica aquosa, dor abdominal, anorexia e perda ponderal não quantificada. Apesar de exame parasitológico das fezes negativo, foi identificada Cystoisospora belli em biópsia duodenal e volumosas massas dos ovários que condicionavam suboclusão intestinal. É tratada com trimetoprim-sulfametoxazol (TMP/SMX) oral durante sete dias e submetida a laparotomia, com peça operatória a confirmar teratoma quístico. Regressa dois meses depois por persistência do quadro. É novamente isolada Cystoisospora belli. Assumida falência terapêutica, inicia TMP/SMX durante quatro semanas, com resolução completa. O tratamento da cistoisosporíase em doentes infectados por VIH-1 é um desafio, não existindo consenso na dose ou duração recomendadas. A deteção histológica terá um papel preponderante quando a suspeição clínica é elevada mas os exames parasitológicos das fezes são negativos.

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Publicado

2023-05-01

Como Citar

Gonçalves, A. C. R., Cristóvão, G., Almeida, V., Cruz, C., Leal, M., Fernandes, A., Santos, J., Seixas, D., Ramirez, F., & Maltez, F. (2023). O desafio diagnóstico e terapêutico da cystoisosporíase em doente com infeção por vírus da imunodeficiência humana: caso clínico. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 18(2-3), 59-62. https://doi.org/10.65332/rpdi.v18.117