Comparação entre registos anteriores de Teste Tuberculínico e “Interferon Gamma Release Assay” atual em profissionais de saúde expostos em contexto hospitalar

Autores

  • Alexandre Afonso Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Autor
  • J. Silva Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Autor
  • V. Pinheiro Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Autor
  • R. Silva Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Autor
  • V. Pacheco Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Autor
  • T. Rodrigues Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Autor
  • I. Antunes Serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Autor
  • A. Ferreira Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Autor

DOI:

https://doi.org/10.65332/rpdi.v17.106

Palavras-chave:

Teste de Sensibilidade à Tuberculina, Interferon-Gamma Release Assays, Infeção por Tuberculose Latente

Resumo

Introdução:
A tuberculose é uma das doenças infeciosas mais antigas e é uma causa de morte importante em todo o mundo. Portugal é atualmente classificado como de baixa incidência (< 20 casos/100 000 habitantes). Não obstante, os profissionais de saúde têm um risco de exposição aumentado a tuberculose. Sempre que existe uma exposição de alto risco, deve proceder-se a rastreio de contactos e exclusão de doença ativa, seguida de avaliação de tuberculose latente. Para essa avaliação, os testes mais utilizados são o teste de sensibilidade à tuberculina (TST) e o teste de libertação de interferão gama (Interferon Gamma Release Assay (IGRA)).

Objetivos:
Realizar uma análise retrospetiva e de concordância entre os resultados do IGRA (QuantiFERON-TB Gold®) e o registo prévio de TST num Centro Hospitalar Terciário. Realizar uma avaliação epidemiológica de tuberculose latente dos profissionais de saúde.

Métodos:
Foram recrutados os profissionais de saúde que tiveram exposição de alto risco de acordo com a definição adotada pela DGS. Destes, foram elegíveis aqueles que tinham evidência de ter feito um TST anterior à exposição em causa e que foram avaliados com IGRA.

Resultados:
Em 2017 e 2018 foram avaliados 344 profissionais de saúde e 92 reuniram critérios de inclusão. A idade média foi de 42,85 +/- 9,16 anos, sendo a maioria do género feminino (75%). Em 60,9% dos casos o resultado prévio de TST era positivo; no entanto, quando avaliada a resposta imune com IGRA, apenas 15,2% foram positivos. Efetuámos testes de concordância estatística que encontraram baixa relação entre TST e IGRA, quando se considera TST positivo se o diâmetro da induração for superior a 10 mm e quando se considera com diâmetro superior a 15 mm. A mesma baixa relação aconteceu quando considerada a distância temporal entre os testes.

Conclusões:
Não se encontraram estudos que tenham seguido esta metodologia. No nosso estudo, quer com IGRA, quer com TST, a prevalência de testes positivos foi superior à esperada para um país de baixa incidência. A concordância entre os dois testes foi fraca, não existindo uma relação entre os resultados.

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Publicado

2022-01-01

Como Citar

Afonso, A., Silva, J., Pinheiro, V., Silva, R., Pacheco, V., Rodrigues, T., Antunes, I., & Ferreira, A. (2022). Comparação entre registos anteriores de Teste Tuberculínico e “Interferon Gamma Release Assay” atual em profissionais de saúde expostos em contexto hospitalar. Revista Portuguesa De Doenças Infecciosas (RPDI), 17(3), 9-17. https://doi.org/10.65332/rpdi.v17.106