Parasitoses intestinais numa população de idade pediátrica do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE
DOI:
https://doi.org/10.65332/rpdi.v16.100Palavras-chave:
parasitoses intestinais, crianças, Giardia lambdia/duodenalisResumo
Introdução:
Apesar de se ter verificado uma diminuição progressiva e significativa das parasitoses intestinais, determinadas regiões do país, pelas características da sua população, como alta taxa de imigração, elevada concentração populacional ou pobreza, podem merecer considerações específicas.
Objetivos:
Determinar a frequência de parasitas intestinais numa população de crianças assistida no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, na área metropolitana de Lisboa, e efetuar a sua caracterização clínica, sociodemográfica e epidemiológica.
Métodos:
Estudo observacional, descritivo, entre março e julho de 2015, que envolveu a realização de inquérito epidemiológico e exame parasitológico das fezes a 65 crianças/jovens.
Resultados:
Identificaram-se parasitas intestinais patogénicos em 9% das crianças (n=6/65): 6% (n=4/6) com Giardia lambdia, 1,5% (n=1/6) com Hymenolepis nana e 1,5% (n=1/6) com Ascaris lumbricoides. A dor abdominal foi o sintoma mais frequente, em 83% (n=5/6) dos casos. Um contexto epidemiológico de relevo foi identificado em 67% dos casos (n=4/6), nomeadamente viagem, naturalidade ou residência em país endémico.
Conclusões:
Verificou-se uma taxa de parasitismo superior a outros estudos realizados, sendo a Giardia lambdia o parasita mais frequente. Os resultados sugerem que a pesquisa de parasitas intestinais permanece relevante no estudo da criança com sintomatologia gastrointestinal e/ou história epidemiológica sugestiva, mesmo em países desenvolvidos.
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